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MP do PIS/Cofins vai aumentar o preço dos combustíveis
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Publicado em 14/06/2024

Pelo menos uma distribuidora de combustível já comunicou que vai reajustar os preços dos combustíveis, como gasolina, etanol e diesel para os donos de postos, a partir desta terça-feira (11), "em função do efeito imediato da MP 1.227/2024, que restringiu a compensação de créditos tributários de PIS/Cofins". O aumento dos preços dos combustíveis impacta toda a cadeia produtiva do País, contribuindo para a alta da inflação.

Segundo cálculos feitos pelo Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), os aumentos que serão cobrados aos donos de postos podem variar de R$ 0,20 a R$ 0,36 por litro de gasolina e de R$ 0,10 a R$ 0,23 por litro de diesel. O IBP representa três das maiores distribuidoras do Brasil: a Raízen, a Vibra e a Ultrapar.

 

Os preços dos combustíveis são livres no Brasil, mas depois de uma distribuidora aumentar, as outras seguem o mesmo caminho."Geralmente, os revendedores têm que repassar - uma parte ou o aumento todo -, mas às vezes, demora a chegar ao consumidor porque a concorrência entre os postos é grande", explica o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Pernambuco (Sindicombustíveis-PE), Alfredo Pinheiro Ramos. Ele diz que o reajuste dos preços é muito ruim e é tudo que o setor não quer. "Com o aumento, tem que ter mais capital de giro e o consumo diminui", afirma.

Indústria quer construir convergências em torno da MP

 

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que acredita estar "construindo um caminho para uma boa convergência" em torno da MP 1.227/2024 com um bom e construtivo diálogo com o Senado Federal e a Câmara dos Deputados. Embora tenha efeito imediato, a MP terá que ser aprovada pelo Congresso Nacional para virar lei.

 

Representantes da CNI vão participar de uma reunião em Brasília com diversos representantes dos setores produtivos nesta terça-feira (11). Ainda na nota, a CNI diz que "simplesmente, queremos o melhor para o nosso Brasil. E o melhor para o Brasil é o crescimento das atividades produtivas de forma sustentável e sinérgica com toda a sociedade. Enfim, creio que estamos obtendo o consenso de que atingimos o limite na carga tributária. Precisamos construir, em conjunto, outros caminhos para o equilíbrio fiscal e, consequentemente, o melhor para o crescimento econômico".

 

O governo federal editou a MP do PIS/Cofins com a finalidade de arrecadar mais, mas as instituições que representam os empresários de vários setores criticaram muito a medida que desorganizou o planejamento de muitas empresas.

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