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Sem chuvas, hidrelétricas poderão estar com a metade da capacidade em abril, diz ONS
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Publicado em 19/02/2024

Operador Nacional do Sistema (ONS) ligou o sinal de alerta para este ano. Depois do pior janeiro de chuvas da série histórica - com menor incidência do que o esperado - e recordes de demanda de energia, por causa do calor acima da média, o diretor-geral do órgão, Luiz Carlos Ciocchi, estima que os reservatórios das hidrelétricas devem chegar pela metade ao período "seco", normalmente a partir de abril.

O cenário é bem diferente do que ocorreu em 2023, quando a armazenagem de água nos reservatórios em abril estava em quase 90% do total.

Desde o final de 2023, algumas usinas térmicas já estão sendo acionadas para atender os horários de maior consumo, disse Ciocchi ao Estadão/Broadcast. Se as projeções se confirmarem, o País poderá ter em 2024 um custo maior com energia elétrica devido ao maior uso das usinas térmicas.

As previsões para fevereiro e março também são ruins. Apesar de as hidrelétricas ainda registrarem bons níveis de armazenagem de água, em torno de 60%, na média, "o que é bastante razoável", segundo o executivo, o consumo vem aumentando. Em novembro, ultrapassou pela primeira vez os 100 mil megawatts (MW), subindo para 101 mil MW em fevereiro.

Segundo Ciocchi, estudos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostram que o crescimento é contínuo, e que o consumo de energia está aumentando mais do que o Produto Interno Bruto (PIB) do País.

Apesar de ter um armazenamento de energia bom, as térmicas têm de ser acionadas para dar atendimento à carga nos horários de ponta", explicou o executivo.

Bandeiras
No momento, a geração das usinas térmicas tem ficado em torno dos 5 mil e 6 mil MW, uma carga ainda tímida, e que não é suficiente para modificar as bandeiras que balizam o valor das contas de energia elétrica do brasileiro.

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