Offline
Supostos estelionatários que enganavam clientes para assinarem consórcios são presos no Recife
Novidades
Publicado em 15/07/2023

Três homens e uma mulher foram presos em flagrante, na última terça-feira (11), em um empresarial no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, suspeitos de fraudar anúncios em sites de vendas para fazer clientes assinarem consórcios acreditando que eram cartas de crédito contempladas de consórcio para posterior aquisição de itens. As prisões dos supostos estelionatários foram apresentadas nesta sexta-feira (14) pela Polícia Civil de Pernambuco.

De acordo com a polícia, os falsos anúncios mostravam fotos de imóveis e veículos com preços abaixo do mercado. Em um deles, aparecia uma retroescavadeira por R$ 175 mil — o item pode custar mais de R$ 350 mil. Quando os clientes chegavam à empresa no Pina eram informados de que os produtos anunciados já haviam sido vendidos. 

Era nesse momento que os suspeitos ofereciam supostas cartas de crédito e cobravam um valor de entrada de, no mínimo, R$ 10 mil. Na proposta, as vítimas acreditavam que receberiam o dinheiro pretendido em curto prazo, mas, na assinatura do contrato de adesão, eram colocados termos diferentes da oferta inicial. 

Nesse contrato, explica a polícia, consta que as vítimas estão adquirindo um consórcio e não uma carta de crédito contemplada, o que diverge da oferta realizada anteriormente. Após o prazo estipulado, quando as vítimas procuravam a empresa para reivindicar a liberação da carta de crédito, tomam conhecimento de que, na verdade, adquiriram um consórcio e não uma carta contemplada.

A diferença entre carta de crédito contemplada e consórcio é que a carta de crédito contemplada é um documento que viabiliza a compra de um bem à vista enquanto o consórcio é uma modalidade de pagamento em grupo que disponibiliza esse documento.

Quando os clientes descobriam que assinaram um documento com propostas diferentes das iniciais e reclamavam, os suspeitos recusavam a solicitação da rescisão de contrato e a devolução dos valores pagos. Eles alegavam que o valor pago corresponderia à taxa de administração e passavam a ignorar qualquer pedido feito pelas vítimas.

O delegado ainda explica que a polícia chegou aos supostos estelionatários após uma pessoa chamada para trabalhar na empresa perceber que eram orientados a enganar os clientes. "Uma das pessoas que foi cooptada por eles é que percebeu que já no treinamento eles orientavam a enganar. Ela não topou e procurou a delegacia para contar o que estava acontecendo", completou.

A empresa, inclusive, era bem estruturada e estava instalada em um empresarial no Pina, segundo o delegado. 

Comentários
Comentário enviado com sucesso!