O julgamento de Guilherme José Lira dos Santos, acusado pelo Ministério Publico de Pernambuco (MPPE) de jogar carro em árvore para matar ex-exposa no Recife, em novembro de 2018, teve início na manhã desta segunda-feira (10).
Na ocasião, Patrícia Cristina Araújo dos Santos, 46, estava no banco do passageiro quando o veículo colidiu na Rua Fernandes Vieira, no bairro da Boa Vista. A mulher faleceu e o condutor teve ferimentos leves. Após o caso, Guilherme foi preso.
O réu é julgado pelo crime de homicídio qualificado, cometido por “motivo torpe, mediante dissimulação ou recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido”; ainda, leva-se em consideração a condição de gênero da vítima, o que caracterizaria o crime como feminicídio.
O júri popular acontece 1ª Vara do Tribunal do Júri Popular da Capital, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, em Ilha Joana Bezerra, no Recife.
A acusação, por parte do MPPE, convocou cinco testemunhas e três peritos criminais; já a defesa - que alega que houve um acidente de trânsito e, portanto, homicídio culposo - conta com os depoimentos de cinco testemunhas e dois informantes, sendo um deles o filho do casal, Pedro Vanderlei, 18.
Antes do início do julgamento, familiares de Patrícia Araújo se manifestaram favoráveis à condenação com base nas acusações do MPPE.
O familiar afirma, ainda, que a relação entre Guilherme e Patrícia era conturbada.