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Maduro é reeleito presidente da Venezuela com 51,2% dos votos
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Publicado em 29/07/2024

O presidente esquerdista venezuelano, Nicolás Maduro, foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo de seis anos, em meio a denúncias de fraude da oposição, que reivindicou a vitória de seu candidato, Edmundo González Urrutia.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), vinculado ao governo, proclamou a vitória do presidente, que recebeu 5,15 milhões de votos (51,2%), após a apuração de 80% das urnas. González Urrutia recebeu 4,45 milhões de votos (44,2%), segundo o primeiro boletim oficial.

anúncio da reeleição foi questionado por Estados Unidos, Chile, Peru, Costa Rica, Guatemala, Argentina, Espanha, Uruguai e União Europeia, que pediu "total transparência" na contagem dos votos. China, Cuba, Nicarágua, Honduras e Bolívia felicitaram Maduro.

No poder desde 2013, Maduro tem a perspectiva de permanecer na presidência durante 18 anos, até 2031. Apenas o ditador Juan Vicente Gómez terá governado por mais tempo que ele, com 27 anos (1908-1935).

"Vai haver paz, estabilidade e justiça. Paz e respeito à lei", disse Maduro após o anúncio do resultado, diante de centenas de seguidores no palácio presidencial de Miraflores.

oposição venezuelana denunciou fraude na votação e se declarou vitoriosa, com 70% dos votos, contra 30% para Maduro.

"Violaram todas as normas", disse González, representante da carismática e popular líder opositora María Corina Machado, impedida de disputar a presidência devido a uma inabilitação política.

Machado anunciou a vitória de seu candidato. "A Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo González Urrutia", disse, entre aplausos, em uma entrevista coletiva.

"Até que prevaleça a paz"
Durante a jornada eleitoral de domingo, a oposição denunciou irregularidades na apuração. Primeiro porque as suas testemunhas foram impedidas de entrar nos centros de votação para acompanhar o processo e, em seguida, porque não conseguiu obter cópias das atas emitidas pelas máquinas de votação (o sistema é automatizado), algo a que os partidos têm direito por lei e que servem para comparar o resultado oficial.

A oposição também denunciou a detenção de quase 150 pessoas ligadas à campanha, 37 delas nos últimos dois dias.

A maioria das pesquisas favorecia a oposição, após anos de uma crise que contraiu o Produto Interno Bruto (PIB) em 80% e forçou ao êxodo mais de sete milhões de pessoas, segundo dados da ONU.

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