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Alzheimer: exame de sangue consegue detectar a doença em 90% dos casos, mostra estudo
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Publicado em 29/07/2024

Cientistas fizeram outro grande passo em direção à meta de diagnosticar a doença de Alzheimer com um simples exame de sangue. Uma equipe de pesquisadores relatou que um exame de sangue foi significativamente mais preciso do que a interpretação dos médicos de testes cognitivos e tomografias computadorizadas na sinalização da condição.

O estudo, publicado neste domingo (28) no periódico JAMA, descobriu que cerca de 90% das vezes o exame de sangue identificou corretamente se os pacientes com problemas de memória tinham Alzheimer. Especialistas em demência usando métodos padrão que não incluíam exames PET caros ou punções lombares invasivas foram precisos 73% das vezes, enquanto os médicos de atenção primária usando esses métodos acertaram apenas 61% das vezes.

Os resultados, apresentados na Alzheimer's Association International Conference na Filadélfia, nos EUA, são o mais recente marco na busca por maneiras acessíveis e baratas de diagnosticar o Alzheimer, uma doença que aflige mais de 32 milhões de pessoas no mundo todo.

Especialistas médicos dizem que as descobertas aproximam o campo de um dia em que as pessoas poderão receber exames de sangue de rotina para comprometimento cognitivo como parte de exames de cuidados primários, semelhante à forma como recebem exames de colesterol.

A nova pesquisa foi conduzida na Suécia, e especialistas alertaram que, para uso nos Estados Unidos, os resultados deveriam ser confirmados em uma população americana diversa.

Apenas uma etapa do processo de triagem e, mais importante, devem ser usados apenas para pessoas com perda de memória e outros sintomas de declínio cognitivo — não para pessoas cognitivamente saudáveis para prever se desenvolverão Alzheimer.

As recomendações de testes podem mudar se os cientistas encontrarem medicamentos que possam atrasar ou interromper a patologia do Alzheimer em pessoas que ainda não desenvolveram problemas cognitivos. Mas, por enquanto, a maioria dos médicos sente que não seria ético usá-lo em pessoas que ainda não apresentam sintomas, a menos que seja no contexto de um estudo de pesquisa.

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