Uma dupla pernambucana quer oferecer uma nova forma para usuários se protegerem de golpes envolvendo transações PIX. Para isso, o desenvolvedor Pedro Borges, 34, e o hacker profissional, Júlio Silveiro, 38, criaram um site chamado PixCheck, em que é possível cadastrar chaves que tenham sido utilizadas em golpes e, até mesmo, consultar se o código fornecido pelo contato já esteve envolvido em fraudes anteriormente.
Como funciona o PixCheck
Segundo seus criadores, o objetivo é que a plataforma seja usada de forma preventiva aos golpes e para isso funcionar é crucial a participação dos usuários, em uma coleta de dados no estilo Crowdsourcing. O termo, em inglês, sugere um modelo de produção que dispõe do conhecimento dado voluntariamente pelas pessoas para solucionar problemas do dia a dia.
Na prática, a solução pode funcionar de duas formas distintas. A primeira, precisa da colaboração de vítimas de golpes do Pix. Caso o usuário tenha transferido dinheiro para alguma chave suspeita e descobriu se tratar de um golpe, ele pode cadastrar a chave do destinatário no site, seja ela e-mail, telefone, CPF ou algum código aleatório. A informação ficará disponível para consulta sem identificar a pessoa que realizou o cadastro. Caso outro usuário digite uma chave, que já tenha sido cadastrada, no campo de busca do site, ele será avisado que a mesma foi utilizada em golpes anteriores.
De acordo com o hacker profissional todos os dados coletados são criptografados e anonimizados como pede a Lei Geral de Proteção de dados (LGPD).