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Depois de ganhos reais em 2019 e 2020, FGTS volta a ficar atrás da inflação
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Publicado em 31/01/2022

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ficou famoso pelos rendimentos historicamente baixos, que, por anos, foram menores do que a inflação, fazendo o dinheiro do trabalhador perder poder de compra. Em 2019 e 2020, no entanto, o rendimento do fundo superou a taxa de inflação. Após esses dois anos de ganhos, porém, o FGTS voltou a sofrer perda de valor real.

A atualização dos recursos depositados é feita pela variação da Taxa Referencial (TR) mais juros de 3% ao ano. Naqueles dois anos, os ganhos acabaram sendo um pouco maiores do que a inflação por causa da distribuição, entre os trabalhadores, dos lucros que o fundo obtém com a aplicação dos recursos.

As regras de atualização do FGTS são as maiores responsáveis pelas perdas no valor das cotas. Segundo levantamento do Instituto FGTS, a TR acumulada em 2021, por exemplo, foi de 0,0488%, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação das famílias com renda de até cinco salários mínimos (R$ 6.060 hoje) foi de 10,16%, ou seja, o Fundo de Garantia teve uma perda de 10,11% no ano passado apenas em atualização monetária.

Para o Instituto FGTS, essas perdas continuarão a acontecer "enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) não julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 5.090/ 2014, que pede a troca da TR pelo INPC, ou o Congresso Nacional mude a Lei do Fundo de Garantia, trocando a TR pelo INPC ou outro índice que reponha a inflação" para atualizar o valor dos depósitos.

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