Entre os dias 23 de maio e 7 de julho deste ano, período com registro de chuvas acima da média histórica, o Recife notificou um total de 185 casos prováveis de leptospirose, doença transmitida pela urina de animais, principalmente roedores, infectados pela bactéria Leptospira.
O número é 560,7% maior do que o registrado no mesmo período de 2021, quando foram notificados 28 casos. Os dados são da Secretaria de Saúde do Recife (Sesau).
Em relação aos casos confirmados, quando há a comprovação laboratorial de que o paciente, de fato, tem leptospirose, o total também subiu em relação ao ano passado. Em 2022, no período citado, foram confirmadas 36 infecções, exatamente o dobro do confirmado em 2021, quando foram 18 registros.
Os dados mais recentes do ano no Estado, divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), mostram duas mortes causadas por leptospirose, sendo ambas na Região Metropolitana do Recife (RMR). As vítimas fatais são dois homens.
A Sesau destaca que a maior incidência de chuvas durante o inverno traz a necessidade de cuidados com doenças mais proeminentes no período, como é o caso da leptospirose, infecção aguda transmitida através da exposição direta ou indireta à urina de animais, especialmente os ratos, infectados pela bactéria Leptospira.
A doença se manifesta por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados, ou pela pele, que pode ter penetração mais fácil caso haja a presença de ferimentos de menor ou maior grau na região.